07 julho 2006

Professores: Mestres ou stôres?

Ser professor é uma profissão ingrata. Digo isto porque só imagino que se escolha ser professor pensando no espirito do fórum grego de partilha do conhecimento, da philos sophia (amor ao saber) ou então como cruzada pessoal na criação de um Mundo Melhor.


A realidade é bem menos romântica. Os alunos raramente buscam o conhecimento e o crescimento pessoal, e as entidades oficiais parecem pouco preocupadas com o genuino evoluir dos espiritos das jovens gerações.

A escola não é um lugar de esclarecimento, não é fonte que mata a sede de curiosidade, nem é um lugar de desenvolvimento do espirito. É mais um degrau de uma viagem para a vida profissional, viagem que não é desfrutada, porque assim se deve viver dizem os pais e o estado. O que interessa é a nota, é acabar o curso, é ser doutor. (estou a falar de todos os niveis de ensino!)

Não há Mestres nas nossas escolas, há sim stôres, um simples funcionário público como qualquer outro que executa uma função comum sem grande importância e que parece não merecer o respeito e a admiração de todos.

Pena é que os próprios professores se parecem acostumar a esta situação, vergados por anos de mala às costas, de miúdos birrentos e insulentes e de pais que não educam mas que responsabilizam os professores por esse fardo e pela fraca nota do filhote.

1 comentário:

Carlos disse...

"É mais um degrau de uma viagem para a vida profissional, viagem que não é desfrutada, porque assim se deve viver dizem os pais e o estado. "

é verdade. e esta filosofia aplica-se a tudo. Nós por vezes fazemos isto e aquilo porque 'assim tem q ser' e não aproveitamos as coisas no seu devido tempo.