03 abril 2006

PIRATARIA II


Edumad: "ao contrário dos piratas "reais" não se rouba para fazer lucro" - tu ao roubares para teu beneficio não é lucro? Por esta ordem de ideias vamos distinguir os ladrões de automoveis que roubam para os vender daqueles que os roubam só para dar umas voltinhas.

"não é menos verdade que existe muito boa gente que nunca comprou um cd ou comprou mt poucos e agora tem centenas deles." - aqui concordo plenamente: eu sou uma dessas pessoas... seja em relação á musica e tambem em relação aos jogos! Se os tivesse que comprar nunca jogaria um jogo! Em termos de cd (originais) a minha colecção é de apenas 2 cd :)... rapidamente desisti da ideia de comprar cd mesmo antes de ter acesso á internet. Realmente cd, dvd e jogos são um luxo porque os grandes beneficiarios deste negócio são as editoras e nao o artistas! As editoras actuam como verdadeiras mafias... a unica diferença é que são mafias legais.

Eu penso que os direitos de autor deveriam ter o objectivo de permitir ao autor lucrar da sua obra e não funcionar como um direito de propriedade. Por exemplo um filme deveria estar protegido por copyright apenas por um ano por exemplo pois a grande fatia dos lucros do cinema está nas bilheteiras e não na venda de dvd. Assim após um ano deve ser legal a livre copia e circulação dos conteudos. O software e a musica deveria ter algo semelhante com um prazo superior... 2 ou 3 anos... quem compra nao vai comprar um artigo que ja está no mercado há muito tempo... a não ser q seja muito barato! Quem compra musica compra albuns recém chegados e se comprar velharias pode compra-las em segunda mão em lojas para o efeito. Isto é um negócio de moda... e a moda de hoje para o ano ja não está na moda. A grande fatia de todo este negocio está nos primeiros meses de lançamento... temos q ser realistas e flexiveis... a pirataria existe em grande escala porque as pessoas sabem que os conteudos estão protegidos por copyright para sempre.... é ilegal sacar uma musica que estreou ontem ou que ja é de há 3 anos atrás... se a lei fosse como eu sugeri talvez houvesse um pouco mais de consciencia em relação a isso.

Se não quero ou não posso gastar dinheiro no cinema mas posso sacar um filme, que estreou o ano passado, de forma legal então aqui está um bom motivo para nao tentar sacar o filme que estreou ontem no cinema. Se o publico perceber que o negocio é justo e que os autores querem apenas tirar lucro das suas obras, e não ficar milionários como acontece hoje em dia, então a pirataria passaria a ser uma minoria.

Para mim as campanhas anti-pirataria são uma palhaçada pois fala-se em pirataria como se fosse algo imoral! Mas temos q saber distinguir a moral da lei... não é a lei que define a moral! Ser moral não é ser obediente pois na minha opinião quando a ordem é injusta a desordem já é um principio de justiça.

1 comentário:

Eduardo disse...

É mais grave vender os cd's piratas na feira pois para além de impedires os autores e editoras de lucrarem com eles estás tua lucrar por trabalho que não é teu (a não ser o cd e tempo de cópia, vá...) e isso é pode ser considerado imoral.
Parece-me que os cd's cairem de preço após uma certa quantia ter sido antingida é boa ideia. E as editoras também podiam deixar de extorquir quantidades astronómicas em muitos contratos, por outro lado é preciso arranjar formas alternativas e económicamente roáveis de publicar trabalhos...
Não podemos esquecer que os lucros de uns cd's pagam o prejuizo de outros...